XIII Colóquio Brasileiro em Economia Política dos Sistemas-Mundo

21/08/2019 13:51

Desafios e alternativas do Brasil e América Latina
na atual conjuntura do Sistema-Mundo

25 e 26 de novembro de 2019

Florianópolis – SC – Brasil

CHAMADA DE TRABALHOS

Com os riscos implícitos em toda simplificação pode-se dizer que a conjuntura da economia-mundo continua sendo dominada pela expansão financeira, pelo declínio da hegemonia norte-americana e pela ascensão da China. A esses processos, iniciados na década de 1980 vieram somar-se outros, como as divisões na União Europeia que levou ao BREXIT, a decisão do Estado Chinês em atuar mais fortemente na política mundial, a política agressiva de Donald Trump para conter a China, a onda populista de direita e, por último, mas não menos importante, uma intensificação no emprego de diversas inovações científico-técnicas ( Big Data, Internet das Coisas, Inteligência Artificial, 5G, entre outras), que alguns qualificam como a 4a. Revolução Industrial ou Indústria 4.0.

Nesta mesma conjuntura (de 1980 pra cá) a América Latina passou pelo fim do período desenvolvimentista, a crise da dívida, a chamada década perdida dos anos 1980 (baixo crescimento, alta inflação, aumento da pobreza, etc…) e, no fim da década de 1990, com a eleição de Hugo Chávez, o início de um período de negação do Consenso de Washington e de projetos políticos e econômicos com diferentes matizes, mas todos tentando combinar crescimento econômico, distribuição de renda, democracia e mais integração regional autônoma (ampliação do Mercosul, UNASUL, etc.). Nos anos 2000 esses projetos se beneficiaram do boom das commodities provocado pelo crescimento chinês de dois dígitos.

A partir de 2008 o cenário internacional mudou, afetando diretamente o experimento desenvolvimentista latinoamericano e revelando a superficialidade das mudanças. No plano político a democracia vê-se seriamente ameaçada e no econômico, as incertezas da década de 1980 estão de volta. Desse breve panorama emergem muitas perguntas:

O que esperar da atual conjuntura do sistema-mundo que parece se caracterizar pelo conflito EUA-China nas esferas comercial, cientifico-tecnológica e militar? Uma nova fase de crescimento da economia-mundo ou esse conflito desembocará em um novo caos sistêmico? Se tal cenário é viável, qual o lugar da América Latina nele? Afinal, há lições que podem ser tiradas do curto ciclo político-econômico progressista vivido no Brasil e na América Latina? O que dizer da alternativa apresentada pelos proponentes do socialismo no século XXI? Como explicar a mudança de rumo tomada desde a contra-ofensiva direitista? Quais os seus projetos e onde eles nos levam? Que balanço provisório podemos apresentar para a região, sub-região e países específicos nesse novo cenário regressivo? Estamos ou não diante de uma nova onda de fascistização que atinge países do centro, semiperiferia e periferia? O que resta do neodesenvolvimentismo e das propostas socialistas?

Em sua 13ª Edição, o Colóquio Brasileiro em Economia Política dos Sistemas-Mundo convida pesquisadores a submeterem trabalhos que abordem estas e outras questões a partir de uma perspectiva histórico-mundial. Também serão bem-vindas contribuições e mesmo críticas à própria EPSM ou que tratem de outros temas e períodos históricos.

Cronograma
21/10: Envio de Resumo expandido (500 palavras)
28/10: Divulgação dos Trabalhos Aceitos
04/11: Confirmação de Presença
12/11: Divulgação da programação
25 e 26/11: Realização do Evento

Comissão Científica
Pedro Antonio Vieira – UFSC
Helton Ricardo Ouriques – UFSC
Fábio Pádua dos Santos- UFSC
Jales Dantas da Costa – UNB
Rosângela Vieira – UNESP
Carlos Eduardo Martins – UFRJ

Normas para submissão de resumos e trabalho final
Especificação da formatação: arquivo “word for windows” ou PDF; fonte Times New Roman 12; espaçamento 1,5; máximo de 25 páginas.
Endereço eletrônico para envio: gpepsm@contato.ufsc.br

Realização
Grupos de Pesquisa em Economia Política dos Sistemas-Mundo

Apoio
UFSC, Centro Sócio-Econômico e Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais.