Projetos de Pesquisa
Projetos de Pesquisa dos Professores Permanentes do PPGRI
CAMILA FEIX VIDAL – camila.vidal@ufsc.br
O poder das ideias e a manutenção hegemônica através do consenso: Estados Unidos e América Latina
O projeto de pesquisa aqui desenvolvido busca repensar as Relações Internacionais, domínio tradicionalmente estadocêntrico, estadunidense e masculino; a partir de abordagens teóricas críticas e neogramscianas que evidenciam as estratégias de manutenção hegemônica no âmbito das ideias. Ainda que menos visíveis, as intervenções estadunidenses na América Latina no século XXI não são menos sutis que as militares durante a Guerra Fria. Continuam fazendo parte de um projeto hegemônico dirigido por uma classe econômica dominante estadunidense (e, portanto, dirigente) que encontra legitimidade e respaldo nos seus congêneres latino-americanos. Os estudos aqui desenvolvidos, assim, têm como ponto de partida o entendimento de que a classe dominante legitima seu papel ao persuadir a sociedade a pensar de uma determinada forma – uma que reproduz a desigualdade econômica e social seja através da força, seja através do consenso. Essa estratégia consiste em fazer prevalecer a internacionalização e a naturalização de saberes e de valores na forma de universalização de “interesses nacionais” apoiados em uma espécie de “saber técnico” (COX, 1981) no qual as relações passam a serem definidas em termos de centro x periferia – estando esta última destinada a mera reprodução dos saberes e conhecimentos desenvolvidos pelo centro. Nesse sentido, ganham espaço, nesse projeto de pesquisa, estudos que visam identificar como se dá a criação e a internacionalização de estratégias de consenso. Em específico, essas pesquisas se debruçam sobre o papel exercido por lideranças e instituições que promovem agendas neoliberais, religiosas e anti-feministas (ou tradicionais) na América Latina em parceria com lideranças e instituições estadunidenses. Em resumo, se objetiva apresentar a hegemonia estadunidense no âmbito de ideias que propagam determinadas doutrinas, valores e interesses próprios de uma classe dominante.
Site:www.geppic.ufsc.br
DANIELLE JACON AYRES PINTO – danielle.ayres@ufsc.br
Segurança Internacional e Defesa no Século XXI
Este projeto está alicerçado na discussão de questões contemporâneas de segurança internacional e defesa. Desde o final da Guerra Fria, as discussões não são mais apenas centradas nas questões tradicionais relativas ao tema; assim, questões não tradicionalmente afeitas às agendas de segurança passaram a fazer parte da realidade internacional e, com isso, de diferentes grupos e agendas de pesquisa. Assim, questões consideradas como “novas ameaças” foram incorporadas à área, incluindo então atores não estatais e dinâmicas não necessariamente alicerçadas no uso tradicional da força. O tema, portanto, passou por uma importante ampliação no sentido tanto de métodos de análise quanto em relação às ameaças que passaram a ser incluídas como de segurança internacional. Também considerando-se o fato da redistribuição de poder no sistema internacional e da ausência de um inimigo único que gerou uma proeminência das dinâmicas regionais de segurança em detrimento de uma agenda global, os temas e atores foram ampliados para considerar diferentes realidades que antes encontravam-se subsumidas na lógica dicotômica Leste-Oeste. Assim, esse projeto de pesquisa estrutura-se de modo amplo para abarcar essas diferentes realidades de temas e pesquisas das dinâmicas contemporâneas. A proposição feita aqui enfatiza o período do pós-Guerra Fria justamente por considerar relevante o entendimento acerca dessas questões e como elas impactam nos tomadores de decisão e no estabelecimento de políticas que as respondam.
Novas tecnologias e ciberpoder: o Estado e a construção de sua capacidade no século XXI
A discussão conceitual acerca do poder na esfera externa evoluiu juntamente com o amadurecimento das Relações Internacionais enquanto área do conhecimento, que preconizava reorganizar as conceituações e esforços teóricos à medida em que transformava os recursos e a realidade existentes enquanto capacidades e ameaças factíveis. Ao passo que observou-se a coexistência de recursos de poder econômicos e militares como determinantes das dinâmicas interacionais no século XIX, constatou-se, durante todo o século XX, a transição para um cenário no qual os recursos militares desempenharam papel crucial enquanto unidade de medida do poder nacional, em um contexto de conflitualidade e dissuasão jamais experimentado anteriormente. Entretanto, as subsequentes implicações do uso tradicional de recursos de poder, o surgimento de novos atores não-estatais e a ascensão e adesão às tecnologias de informação e comunicação (TIC) enquanto recurso difuso entre novos e velhos atores, tanto a nível individual quanto estatal ou internacional, nos coloca à mercê de uma nova transição quanto ao pensar e mensurar o poder. Assim, esse projeto tem por objetivo problematizar os novos pilares do poder Estatal no século XXI e verificar como as novas tecnologias cibernéticas influenciam nessa dinâmica e na ascensão de novos polos de poder não-estatais dentro do sistema internacional.
site: www.geppic.ufsc.br
FÁBIO PÁDUA DOS SANTOS – fabio.padua@ufsc.br
As trajetórias de desenvolvimento da América Latina e Leste Asiático em perspectiva comparada em três temporalidades da economia-mundo capitalista: 1500-1850, 1850-1980, 1980-2019
O projeto tem por objetivo elaborar uma explicação histórico-mundial dos processos de ascensão e rebaixamento dos países/regiões na hierarquia mundial de poder e da riqueza do sistema-mundial moderno. Neste projeto será verificada a hipótese segunda a qual a posição atual dos países das duas regiões na distribuição do poder e da riqueza mundiais é muito influenciada pelas características das regiões em que estes países se encontram inseridos. Ao passo que, as diferenças fundamentais entre as duas regiões decorrem: 1) das respectivas histórias anteriores à inserção na economia-mundo capitalista; e 2) do momento e da forma como se inseriram na economia-mundo capitalista, a América Latina desde seu surgimento como entidade geo-social no século XVI, quando também surge a economia-mundo europeia, e o Leste da Ásia fundamentalmente a partir da quarta década do século XIX.
site: gpepsm.ufsc.br
FERNANDO JOSÉ LUDWIG – fernandoludwig@mail.uft.edu.br
Segurança e Estudos Amazônicos: inteligência de dados
O objetivo deste projeto é investigar, com base em inteligência de dados, o estado da segurança na Amazônia Legal, integrando fontes administrativas, geoespaciais e textuais para produzir diagnósticos, monitoramento e previsão de riscos. A abordagem será metodologicamente plural, combinando análise de inteligência (detectando padrões, anomalias e hotspots), estudo de arranjos institucionais (capacidade estatal, fiscalização, governança multinível) e leitura geoestratégica de dinâmicas territoriais (cadeias logísticas, corredores fluviais e rodoviários, fronteiras). Serão realizadas revisões de literatura sobre segurança ambiental e governança na Amazônia para identificar lacunas teóricas e operacionais. Do lado da análise de inteligência, métodos quantitativos e qualitativos serão empregados: estatística descritiva e inferencial, séries temporais, sanção e licenciamento de legislações e atos oficiais. Também serão sistematizadas as funções de órgãos públicos (fiscalização, controle, justiça) e parcerias interinstitucionais para aumentar a efetividade da segurança ambiental. A dimensão geopolítica examinará como estratégias nacionais e subnacionais, políticas externas, cooperações e tratados influenciam a segurança regional, com atenção às interdependências entre ilícitos ambientais e economias transnacionais. Em termos de objetivos gerais, busca-se aprimorar a compreensão dos desafios e oportunidades da segurança na Amazônia e fornecer evidências acionáveis para políticas públicas e operações, por meio de uma plataforma de dados aberta, transparente e reprodutível.
FERNANDO SEABRA – f.seabra@ufsc.br
A crise do multilateralismo, a indecisão do regionalismo e a ascensão do bilateralismo
O objetivo desse estudo é avaliar comparativamente as características das experiências recentes de acordos de liberalização comercial em suas diversas amplitudes. Mais especificamente, busca-se delimitar as razões que explicam o rápido crescimento de acordos bilaterais de comércio, principalmente, Estados Unidos, China, União Europeia e Japão. Tem-se a intenção, ainda, de examinar como as nações menos desenvolvidas se inserem nessa tendência de acordos bilaterais.
Diagnósticos, estudos e pesquisas em Planejamento de Transportes
O objetivo desse projeta é tratar de planejamento na área de transportes, em especial visando subsidiar a Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil na elaboração do Plano Aeroviário Nacional (PAN).
Site: www.labtrans.ufsc.br
GRACIELA DE CONTI PAGLIARI – graciela.pagliari@gmail.com
Segurança internacional e atores regionais: dinâmicas, capacidades e instituições
Este projeto intenta investigar, analisar e compreender quais são os atores, os conflitos e as ameaças que compõem as dinâmicas securitárias contemporâneas. A partir das políticas externas, de segurança e defesa e seus elementos prioritários, propõe-se analisar e comparar as relações bilaterais ou multilaterais entre os Estados, ou mesmo as atuações e relações decorrentes dos organismos regionais multilaterais de cooperação. Considera-se que o contexto securitário contemporâneo é impactado pelo reflexo da interação entre os great powers e super powers com os regional powers e que conflitos e ameaças assumiram uma roupagem diferenciada daquela desenvolvida no período da bipolaridade do sistema internacional. Naquele, os Estados e seus tomadores de decisão, as forças armadas e a contenção convencional, assumiram a linha de frente das dinâmicas de segurança. Falar em defesa significava referir-se à manutenção da segurança e estabilidade dos Estados nacionais, de suas instituições e sua população, por meio da utilização das forças armadas. Contudo, outros atores que não os estatais se consolidaram como partícipes das e nas dinâmicas de segurança e defesa internacionais. Contemporaneamente Estados, grupos insurgentes, paramilitares, organizações não estatais, são atores que podem atuar como securitizadores, promotores de conflito e produtores de ameaças.
O projeto também se ocupa de entender as dinâmicas estratégicas regionais e global a partir das capacidades militares e das políticas de defesa dos Estados em face da redistribuição de capacidades e, com isso, da alteração nos polos de poder no sistema internacional.
Site: www.gesed.ufsc.br
HELTON RICARDO OURIQUES – helton.ricardo@ufsc.br
As trajetórias de desenvolvimento da América Latina e do Leste Asiático em perspectiva comparada em três temporalidades da Economia-Mundo Capitalista (1500-1850, 1850-1980, 1980 em diante)
Uma das questões mais desafiadoras para as ciências sociais é encontrar explicações convincentes para o seguinte fato: Com três ou quatro exceções, entre as quais Brasil, México e Chile, todos os países da América Latina (AL) se encontram na periferia da economia-mundo capitalista (E-MC), isso desde que ambas as entidades (AL e E-MC) surgiram no século XVI. Em geral, as explicações para esse baixo nível de desenvolvimento econômico são buscadas nas histórias individuais de cada país. Contudo, se a maioria deles se encontra na mesma condição, não é razoável pensar que pode haver características comuns que os impedem de ascender na hierarquia do poder e da riqueza mundiais? E essas causas comuns não seriam aquelas da região a que pertencem esses países, quer dizer, a América Latina? Em caso positivo, quais seriam essas causas, como identificá-las?
Inspirados por autores que consideram que o enfoque regional é mais apropriado para estudar as trajetórias de desenvolvimento econômico de países do Leste Asiático, concluímos que o enfoque regional também pode ser útil para entender a posição atual dos países latino-americanos dentro da economia-mundo capitalista. Para essa compreensão, a pesquisa pretende ampliar o espaço e o tempo da comparação entre as duas regiões, inserindo-as em uma entidade maior, a economia mundo capitalista, que tem suas próprias temporalidades. Metodologicamente, o recorte temporal englobará três temporalidades: 1500-1850, 1850-1980, 1980 em diante.
Todo nosso esforço de pesquisa será direcionado para responder a seguinte pergunta-chave: quais as relações de cada região com a economia-mundo capitalista em cada uma das três temporalidades, e como essas relações foram ao longo do tempo determinando as atuais contrastantes posições de ambas – e dos países que as compõem – na hierarquia da riqueza e do poder mundiais, o Leste da Ásia na parte mais alta e América Latina na parte mais baixa?
Sendo muito geral e abstrata, esta pergunta necessariamente terá que ser desdobrada em outras que se refiram a períodos, temas e mesmos países específicos. Essas sim, poderão ser respondidas com dados e argumentos precisos e convincentes pelo pesquisador/a que as formular. Nesse sentido, apresentamos algumas questões orientadoras:
- Como as duas regiões (ou um país de cada uma delas) responderam às orientações emanadas dos centro da economia-mundo para combater a crise de lucratividade do fim dos anos 1970 através da transformação do Estado e de sua intervenção na economia e qual a relação das diferentes respostas com a posição hoje ocupada por esse países na hierarquia mundial do poder e da riqueza?
- Como as duas regiões (ou países selecionados de cada uma delas) responderam ao avanço da indústria na segunda metade do século XIX?
- Pelo volume de capital necessário, pelos encadeamentos para trás (indústria siderúrgica, máquinas e equipamentos, conhecimento de engenharia, etc) e para a frente (diminuição dos custos e aumento de volume transportado, incentivando toda a economia), as ferrovias se constituíram em um dos mais importantes setores econômicos desde seu surgimento nos anos 1830. Como as duas regiões ou países selecionados de cada uma delas, tiraram proveito dessa inovação?
- No capítulo indústria a mesma pergunta básica pode ser feita para qualquer ramo específico em qualquer momento, por exemplo: automóveis (século XX), eletrônica (últimas décadas do século XX), indústria 4.0 (início do século XXI), etc.
- Como as preocupações com a defesa/segurança por parte do Estado, em cada uma das duas regiões, levaram-nos (ou não) a promover a indústria e a produção de tecnologias autóctones?
- Que fatores sistêmicos e endógenos podem explicar as posições periféricas/semiperiféricas (casos de Argentina, México e Brasil, na América Latina) ou mesmo de tendência/alcance do centro (casos de Japão e Coreia do Sul) na hierarquia global de riqueza? A questão regional pode servir como elemento de explicação dessas distintas condições?
Site: www.gpepsm.ufsc.br
HOYÊDO NUNES LINS – hoyedo.lins@ufsc.br
Mapeamento do setor audiovisual em Santa Catarina
Trata-se de pesquisa no âmbito de parceria entre professores/pesquisadores ligados ao Departamento de Economia e Relações Internacionais (Profª Eva Catela) ou aos programas de pós-graduação em Economia e em RI (Profº. Hoyêdo N. Lins), de um lado, e ao Departamento de Cinema (Profº Alfredo Manevy e pesquisadora Caroline Mariga), de outro lado. O objetivo é levantar e analisar informações sobre o setor do audiovisual no estado, o que inclui produção cinematográfica, de documentários, de animação e de jogos eletrônicos, diagnosticando a situação e propondo iniciativas de política com vistas à promoção, tendo como destinatário a Fundação Catarinense de Cultura.
ITALO BELTÃO SPOSITO – italo@uft.edu.br
Rupturas de Mandatos Presidenciais e Política Externa na América Latina
O projeto investiga as interrupções de mandatos presidenciais (IMP) na América Latina, fenômeno que, predominantemente, substituiu os golpes de Estado após a terceira onda de redemocratização. Apesar de mais de 30 ocorrências desde 1982, pouco se sabe sobre seus impactos na política externa e sobre a atuação de atores internacionais nesses processos como atores relevantes para determinar sua ocorrência, seu tipo, seu impacto na qualidade democrática e legitimidade internacional dos governos interinos que os sucedem. Assim, a pesquisa busca compreender como as IMP afetam a condução da política externa dos governos interinos, em que medida distintos tipos de ruptura se relacionam a problemas de legitimidade internacional e doméstica, e qual o papel desempenhado pelos Estados Unidos, Estados da região e organizações internacionais nos processos. A metodologia combina análise histórica comparativa e estudos de caso em 11 países latino-americanos que vivenciaram IMP, utilizando comparação qualitativa de casos e análise de indicadores para identificar padrões e mecanismos causais. Como contribuição, o projeto pretende avançar na análise de política externa dos países latino-americanos ao conectar suas dimensões domésticas e internacionais, oferecendo tipologias explicativas e fomentando o debate sobre estabilidade democrática na América Latina, ideologia de seus governos e presidentes, e influência de organizações internacionais e atores regionais.
KARINE DE SOUZA SILVA – karine.silva@ufsc.br
Raça e Relações Internacionais
O projeto de pesquisa está inserido no escopo da Área Temática “Raça e Antirracismos nas Relações Internacionais” da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI). A pesquisa objetiva demonstrar como as lutas transnacionais antirracistas que englobam os movimentos políticos, migratórios e epistêmicos afro-diaspóricos no Atlântico Negro, produzem leituras e práticas emancipadoras das RI, desafiam as lógicas coloniais da ordem global contemporânea, e preconizam o Bem Viver. O transnacionalismo negro abrange os movimentos das diásporas que desafiam as fronteiras físicas, simbólicas e epistêmicas da colonialidade, e co-produzem as lutas antirracistas globais.
A pesquisa parte da premissa que raça, gênero e classe são categorias analíticas co-constitutivas fundamentais nos estudos das Relações Internacionais e das relações de poder operante no sistema-mundo, em interlocução com as epistemologias negras, indígenas, anti, pós, contra e de-coloniais, pois estas permitem a compreensão das continuidades do padrão de dominação colonial. A pesquisa analisa os ativismos e as epistemologias negras e indígenas no sistema internacional, propondo uma perspectiva decolonial e emancipatória do campo de Relações Internacionais. Pretende-se, em última instância, visibilizar as contribuições dos povos negros e indígenas para construção de uma historiografia crítica, plural e não-ocidentalizada das Relações Internacionais. Neste projeto são incluídos os seguintes temas: pensamento afro-diAspórico e lutas transnacionais anti, contra e decoloniais; reparações no Direito Internacional por conta do colonialismo e da escravidão; o capitalismo racial gendrado e a colonialidade de gênero nas Relações Internacionais, a partir dos feminismos contra-hegemônicos negros e indígenas; imigração africana e afrodiaspórica.
Site: irene.ufsc.br
MÓNICA SALOMÓN – monica.salomon@gmail.com
Dimensões de gênero na política externa e internacional
Análise das diferentes interfaces entre gênero (papéis, hierarquias, estereótipos) e os diferentes fenômenos tratados pelas Relações Internacionais. Inclui meu projeto individual de pesquisa (ver abaixo) e as pesquisas realizadas pelas minhas orientandas e orientandos participantes do Núcleo de Estudos sobre Gênero na Política Externa e Internacional (NEGPEI)https://negpei.paginas.ufsc.br/sobre-o-negpei/. Entre outros: ativismo e direitos internacionais de gênero, governança de gênero, atores e redes anti-gênero, gênero nas cadeias produtivas internacionais, gênero na política externa e na diplomacia. Aceito orientar pesquisas em todo o leque de temáticas de RI atravessadas pelo gênero.
Site: Núcleo de Estudos de Gênero na Política Externa e Internacional (NEGPEI)
A perspectiva de gênero nas políticas externas latino-americanas: agendas, atores e padrões de difusão
O projeto, que continua, com um novo foco, a pesquisa que venho desenvolvendo há vários anos sobre dimensões de gênero das políticas externas, tem como objetivo principal descrever e analisar comparativamente as políticas externas latino-americanas que operam em prol da igualdade de gênero (especialmente as autodeclaradas “feministas”), com ênfase em suas características comuns, bem como avançar na identificação dos fatores sistémicos e domésticos que explicam tanto essas características comuns como as diferenças em relação ao modelo das políticas externas feministas / pró gênero do Norte global.
Projetos de Pesquisa dos Professores Colaboradores do PPGRI
MARIA RAQUEL FREIRE – rfreire@fe.uc.pt
PROTEST – Protest as a Democracy Test: Protest Culture under Transformation and as a Transformative Power
2025-2027
Project funded by Horizon Europe Programme of the European Commission, ref. 101177963. Webpage: https://www.protestproject.eu/
Resumo: There is a steady trend of global democratic decline (de-democratization), transforming political opportunity structures and creating new knowledge gaps about how protest cultures evolve and adapt to changing contexts. Addressing this gap, the project’s aim is twofold: First, to reveal whether and how ongoing de-democratization processes affect patterns of protest culture and how these effects vary according to democracy (consolidated, new and developing); second, to trace whether and how affected patterns of protest culture influence the state of democracy in target countries, by focusing on representation as inclusion of citizen preferences in political agendas. Research findings will shed light on two dimensions of protest culture, particularly its internal capacity and its external constraints. This will be done via analyzing historical contexts of variations in protest cultures across different types of democracy, factors intersecting to trigger or shape pro-democratic/anti-democratic protests, political elite manipulation of legal and discursive frames to curtail public discontent, role of traditional and social media creating opportunities or obstacles for actors engaged in contentious politics, generational differences in perceptions of and participation patterns in protest culture, and finally, influence of protest culture itself on the state of democracy through representation as an outcome of civic participation. The interdisciplinary project relies on methodological pluralism and integrates: desk research and legal analysis, biographical narrative interviews and focus groups, quantitative and qualitative content analysis, critical discourse analysis and visual analysis, network analysis for mapping actor-discourse coalitions, and Q methodology. The project responds to the work program “Culture, Creativity and Inclusive Society” by addressing (un)conventional citizen participation for better representation in different cultural and democratic settings.
CARSI – Caucasus and Central Asia Research Social Innovation: Development Assistance, Innovation and Societal Transformation
2023-2027
Projeto financiado por Marie Curie Staff Exchange, European Commission. Grant agreement ID: 101086415. website: https://cordis.europa.eu/project/id/101086415
Resumo: The Caucasus and central Asian regions boast some large reservoirs of natural resources. They are also fertile markets with links to Europe. With the support of Marie Skłodowska-Curie Actions, the CARSI project will explore the uniqueness of the EU’s approach compared to that of other countries like China and India. Most notably, the EU’s interest is not only in technical innovation and local market shares but also the regions’ social and human development. In this context, the project will develop a research programme bringing together institutions across two continents with a focus on the Caucasus and Central Asia. The aim is to train fellows and eventually produce new empirical evidence on the region.














